segunda-feira, setembro 22, 2008

Misterioso Manuel

O sol brilhava como nunca, diria até que ofuscava! Um belo dia para ir praiar, mas tínhamos um grande compromisso, a escola. Pois é, a escola começara e, ainda por cima naquele dia maravilhoso.
Estive com amigos e colegas, com quem à muito não estava. Com aquele sol magnífico, com aquele dia lindo, Manuel, um dos meus amigos, estava triste e distante. Parecia muito pensativo. Comecei a ficar preocupada com ele pois, apesar de não ser muito falador, estava calado de mais.
Com algum receio, lá lhe perguntei o que se passava, mas a resposta obtida já era a esperada… “Não se passa nada, não estejas preocupada, estou normal! Apenas cansado”, disse Manuel suspirando. Não insisti. Sabia que não valia de nada fazê-lo!
Manuel, era um rapaz pouco dado a conversas e sorrisos.
Apesar de meu amigo ser, a vida de Manuel, era, para mim, um mistério. Pode-se dizer, que era um rapaz muito enigmático. Aqueles assuntos básicos, como quem eram os seus pais, como se chamavam, se tinha irmãos, ou, simplesmente, onde habitava, ele nunca falara. Nunca dissera nada acerca destes assuntos, como se tivesse algo a esconder… Talvez tivesse vergonha das suas origens, mas tal coisa não fazia sentido.
Mistérios à parte, pois cada um é como é, foi a turma toda passear. Resolvemos à última da hora, ir dar um longo passeio, fazendo assim um piquenique, para acabar as férias da melhor maneira!
Manuel estava tão animado, que nem parecia ele. Muito falador, a contar aventuras que tinha vivido nas suas férias. Via-se que se estava a sentir muito bem entre nós.
O sol começara a esconder-se e a escuridão a cair sobre nós. A lua estava magnifica. Estava cheia e reflectia no lago! O céu todo estrelado. Era o que se podia chamar, noite perfeita!
Manuel sorriu, mas todos nós ficamos abismados a olhar para os seus dentes! Estavam muito bicudos! Houve quem comparasse os seus dentes, a dentes de vampiro, mas era impossível! Os vampiros não existem! Manuel, começou a ficar atrapalhado com a situação, não sabia para que lado se devia virar! O seu aspecto físico e o seu comportamento começaram a mudar. Ficou branco, como contaste, o seu cabelo negro, não conseguia disfarçar! Tão irrequieto e nervoso que ele estava… Nem parecia o mesmo rapaz que èstava ali connosco há um tempo atrás.
Todos ficamos calados, ninguém sabia o que dizer. De repente, Manuel levantou-se e, embaraçado, começou a correr. Desapareceu em segundos. Nunca ninguém tinha visto alguém a correr tão rápido. Foi incrível!
Estávamos todos confusos. Seria Manuel um vampiro? Era uma ideia parva…
Passou uma semana e, nunca mais ninguém viu o Manuel. Este nunca mais fora à escola… Para onde terá ele ido? Será que era mesmo um vampiro? Se calhar era esse o motivo para ele ser tão misterioso! E os seus pais? Será que também eram?
Só ele e a família é que sabem. E nós? Nunca saberemos…