sexta-feira, dezembro 19, 2008
Memória ao Conservatório Real
Almeida Garrett afirmava que a única peça capaz de entusiasmar o Homem era o drama romântico. Não queria recorrer ao drama violento e sem escrúpulos, mas sim ao drama natural, com suavidade, delicadeza e harmonia. Tenta realçar a simplicidade da acção dramática e a finalidade metodológica do teatro. Prefere o teatro à portuguesa, nacional.
domingo, novembro 23, 2008
Mito de Bandarra
A profética de Bandarra é dividida em três pontos essenciais, que são eles:
- O quinto Império, pois preocupava-se com toda a profética europeia e hebraica;
- A ida e o regresso de D. Sebastião, preocupava-se com os profetas, pois eram uns estranhos àqueles povos;
- Os destinos de Portugal, queria desvendar grandes movimentos das populações. Sendo este último o mais importante nas Trovas de Bandarra.
“Bandarra foi verdadeiro profeta, pois profetizou e escreveu tantos anos antes, tantas cousas, tão exactas, tão miúdas e tão particulares, que vemos todos cumpridas com os nossos olhos”.
quarta-feira, novembro 12, 2008
Análise de um discurso politico
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Primeiro_Ministro/Intervencoes/20080423_PM_Int_Tratado_Lisboa_AR.htm
Argumentar é o talento de utilizar palavras, para defender uma ideia, da qual somos a favor ou contra. O principal objectivo do orador, é captar a atenção do auditório, conseguindo, assim, influencia-lo. A argumentação do orador deve ser clara e lógica, conseguindo concretizar o objectivo pretendido. A maneira como o orador se exprime também conta para a adesão do público.
O nosso primeiro-ministro, tem, sem dúvida, uma argumentação sedutora. Capta a atenção do auditório! Utiliza bem as palavras, fazendo frases interessantes. Utiliza, muitas vezes, o seu talento de trabalhar as palavras para, assim, fazer várias frases indirectas, fazendo. Assim, essas frases chamam mais a atenção do auditório, pois essas podem ter vários sentidos. Sócrates consegue fazer com que o publico se interesse pelo que é dito, tentando chegar a uma conclusão lógica do que está a ser debatido.
A sua utilização de vírgulas é que não é das melhores. Por vezes, não as utiliza quando necessárias, mas para compensar o seu mau uso, utiliza-as, até, onde não fazem falta.
domingo, outubro 05, 2008
Fernando Pessoa e a publicidade
"Uma cinta Pompadour veste bem e ajuda sempre a vestir bem."
"Seja qual for a linha da moda na Toilette feminina é sempre indispensável uma cinta Pompadour."
"Eu explico como foi (disse o homem triste que estava com uma cara alegre), eu explico como foi..."Quando tenho um automóvel, limpo o. Limpo o por diversas razões: para me divertir, para fazer exercício, para ele não ficar sujo."O ano passado comprei um carro muito azul. Também limpava esse carro. Mas cada vez que o limpava, ele teimava em se ir embora. O azul ia empalidecendo, e eu e a camurça é que ficávamos azuis. Não riam... R camurça ficava realmente azul: o meu carro ia passando para a camurça.Afinal, pensei, não estou limpando este carro: estou o desfazendo."Antes de acabar um ano, o meu carro estava metal puro: não era um carro, era uma anemia. O azul tinha passado para a camurça. Mas eu não achava graça a essa transfusão de sangue azul."Vi que tinha que pintar o carro de novo. Foi então que decidi orientar me um pouco sobre esta questão dos esmalres. Um carro pode ser muito bonito, mas, se o esmalte com que está pintado tiver tendência para a emigração, o carro poderá servir, mas a pintura é que não serve. A pintura deve estar pegada, como o cabelo, e não sujeita a uma liberdade repentina, como um chinó. Ora o meu carro tinha um esmalte chinó, que saía quando se empurrava."Pensei eu: quem será o amigo mais apto a servir me de empenho para um esmalte respeitável?Lembrei me que deveria ser o Bastos, lavadeira de automóveis com uma Caneças de duas portas nas Avenidas Novas. Ele passa a vida a esfregar automóveis, e deve portanto saber o que vale a pena esfregar."Procurei o e disse lhe: Bastos amigo, quero pintar o meu carro de gente. Quero pintá lo com um esmalre que fique lá, com um esmate fiel e indivorciável. Com que esmalte é que hei de pintar?"Com Berry/Loid, respondeu o Bastos e só uma criatura muito ignorante é que tem a necessidade de me vir aqui maçar com uma pergunta a que responderia do mesmo modo o primeiro chauffeur que soubesse a diferença entre um automóvel e uma lata de sardinhas". (Publicidade às tintas Berry/Loid)
Fernando Pessoa, nos seus últimos dez anos de vida, para além de se dedicar à literatura, dedicou-se também à publicidade. Pessoa dizia que estudar o público era o mais importante para no fim o atingir. O primeiro slogan que compôs foi relativo à coca-cola, quando esta entrou no mercado em Portugal. "Primeiro estranha-se, depois entranha-se". Um slogan um pouco forte, quando se refere a uma bebida! Escreveu mais slogans a respeito das cintas Pompadour e as tintas. Fernando pessoa ficou tão empolgado com a ideia de fazer anúncios que obteve mais ideias para dinamizar a publicidade. Criou, assim, as palavras cruzadas publicitárias. Foi ele o homem que introduziu o conceito de marketing, até então desconhecido, em Portugal.
Pode concluir-se que Fernando Pessoa era um homem que se interessava por todos os ramos ligados à arte das letras, querendo sempre renovar o que sabia e fazer coisas novas, com sucesso!
quinta-feira, outubro 02, 2008
Os nossos olhos são diferentes todos os dias
Se visitarmos novos sítios, os nossos olhos vêem paisagens e objectos nunca vistos até então. Em cada rua uma maravilha nova. Em cada esquina um mundo novo.
Ruas e ruas por visitar, com tudo diferente ao que nós observamos nas meras ruas em que passamos todos os dias; outras casas, outras caras, outros carros até, simplesmente, outro tipo de flores colocadas nas varandas…
Será que vocês nunca pensaram que ao passar por uma esquina, uma simples esquina, tinham um “novo mundo” diante dos vossos olhos? De certo não. Rara a pessoa que assim pensa.
Os nossos olhos são a luz da nossa vida, mostram-nos coisas maravilhosas às quais nós, frequentemente, não damos o devido valor.
Todos os dias temos um mundo novo à nossa frente, à espera para ser descoberto… E nós? O que fazemos? Olhamos! Simplesmente olhamos e, no fim de tanto olhar, viramos costas, como se nada se tivesse passado. Como se o que víssemos, no dia seguinte voltasse a aparecer. Como se o que víssemos fosse uma coisa natural. Natural até pode ser, mas é única! Única para os nossos olhos. Olhos esses que se esforçam para nos fazerem felizes, tentando por assim as coisas boas à nossa frente e escondendo, um pouco mal, mas com esforço, as coisas más e inúteis.
Devíamos começar a dar mais valor ao que de bom na vida temos!
segunda-feira, setembro 22, 2008
Misterioso Manuel
Estive com amigos e colegas, com quem à muito não estava. Com aquele sol magnífico, com aquele dia lindo, Manuel, um dos meus amigos, estava triste e distante. Parecia muito pensativo. Comecei a ficar preocupada com ele pois, apesar de não ser muito falador, estava calado de mais.
Com algum receio, lá lhe perguntei o que se passava, mas a resposta obtida já era a esperada… “Não se passa nada, não estejas preocupada, estou normal! Apenas cansado”, disse Manuel suspirando. Não insisti. Sabia que não valia de nada fazê-lo!
Manuel, era um rapaz pouco dado a conversas e sorrisos.
Apesar de meu amigo ser, a vida de Manuel, era, para mim, um mistério. Pode-se dizer, que era um rapaz muito enigmático. Aqueles assuntos básicos, como quem eram os seus pais, como se chamavam, se tinha irmãos, ou, simplesmente, onde habitava, ele nunca falara. Nunca dissera nada acerca destes assuntos, como se tivesse algo a esconder… Talvez tivesse vergonha das suas origens, mas tal coisa não fazia sentido.
Mistérios à parte, pois cada um é como é, foi a turma toda passear. Resolvemos à última da hora, ir dar um longo passeio, fazendo assim um piquenique, para acabar as férias da melhor maneira!
Manuel estava tão animado, que nem parecia ele. Muito falador, a contar aventuras que tinha vivido nas suas férias. Via-se que se estava a sentir muito bem entre nós.
O sol começara a esconder-se e a escuridão a cair sobre nós. A lua estava magnifica. Estava cheia e reflectia no lago! O céu todo estrelado. Era o que se podia chamar, noite perfeita!
Manuel sorriu, mas todos nós ficamos abismados a olhar para os seus dentes! Estavam muito bicudos! Houve quem comparasse os seus dentes, a dentes de vampiro, mas era impossível! Os vampiros não existem! Manuel, começou a ficar atrapalhado com a situação, não sabia para que lado se devia virar! O seu aspecto físico e o seu comportamento começaram a mudar. Ficou branco, como contaste, o seu cabelo negro, não conseguia disfarçar! Tão irrequieto e nervoso que ele estava… Nem parecia o mesmo rapaz que èstava ali connosco há um tempo atrás.
Todos ficamos calados, ninguém sabia o que dizer. De repente, Manuel levantou-se e, embaraçado, começou a correr. Desapareceu em segundos. Nunca ninguém tinha visto alguém a correr tão rápido. Foi incrível!
Estávamos todos confusos. Seria Manuel um vampiro? Era uma ideia parva…
Passou uma semana e, nunca mais ninguém viu o Manuel. Este nunca mais fora à escola… Para onde terá ele ido? Será que era mesmo um vampiro? Se calhar era esse o motivo para ele ser tão misterioso! E os seus pais? Será que também eram?
Só ele e a família é que sabem. E nós? Nunca saberemos…
terça-feira, junho 03, 2008
As cartas de Fradique Mendes
"Amava-o ainda (diz elle) pela sua linguagem tão bronca e pobre, mas a unica em Portugal onde se não sente odiosamente a influencia do Lamertinismo ou das Sebentas de Direito Publico."
"Em Portugal, boa madrinha, todos somos nobres, todos fazemos parte do estado, e todos nos tratamos por Excelência."
quinta-feira, maio 08, 2008
Liberdade! Liberdade! Era o que se gritava à 34 anos nas ruas de Portugal. Uma grande euforia para acabar com a ditadura.
Os Capitães de Abril a quererem invadir as televisões, as rádios...
Com os cravos no cano das espingardas, acabar com a ditadura era o objectivo, sem recorrer a violência.
O objectivo fora concluido. Para alegria da população a ditadura acabara.
Como seria a nossa vida se a Revolução dos Cravos não tivesse acontecido?
Nada se podia fazer nem nada se podia dizer. Seria uma vida de medos e de incertezas constantes.
Hoje em dia, ninguém dá valor à liberdade que possui. é como se ela não existisse... Não ligam ao que dizem, ao que fazem, ao que pensam...
As novas gerações não fazem ideia do que era viver à 34 anos atrás, antes da grandiosa Revolução dos Cravos, do medo que as pessoas sentiam ao sair de casa com receio de serem levadas pela polícia política.
Agora não, seja de bom seja de mal diz-se tudo, quer afecte alguém ou não, quer seja indelicado ou não, é a liberdade de expressão.
Os Capitães de Abril fizeram de Portugal um país livre!
sexta-feira, abril 25, 2008
Em todas as fantasias te tenho
em todas as fantasias te procuro
imagino tão bem o teu jeito
pensei tanto a tua presença
que é de amargas lágrimas que eu vivo
a perspectivar a tua rua
e ouço o rio e observo o mar
que te passou em altura
tanto tão distante tão natural
que o meu ser se altera
e completa o seu valor igual
num ser que já não é meu
num tempo que desvaneceu
onde um sorriso teu me procura
em todas as fantasias te tenho
em todas as fantasias te procuro
terça-feira, abril 22, 2008
A violência nas escolas
Nos últimos tempos, comentários horrendos acerca dos jovens têm surgido. Dizem que a nossa geração é o futuro sem rumo. É certo que existem muitos jovens assim, com comportamentos inadequados. Jovens esses que nada valem. A má educação e a violência são o forte deles. A escola, para eles, é como se fosse um territorio. Um território de violencia e má educação. Não têm respeito pelos professores nem pelos próprios colegas. Nem os professores nem os próprios pais têm mão neles.
Sujam a reputação da geração futura e causam vários danos. Danos esses que podem ser fisicos e, até mentais.
A sociedade diz que a educação provém dos pais. Nem sempre é o que acontece, a internet também influência.
A escola não serve para educar mas sim para ensinar. Também não serve para lutar mas sim para conviver.
Estes adolescentes horriveis prejudicam as escolas do presente e futuro.
quarta-feira, março 12, 2008
Eles estão em todo lado!
Os mass media têm tanta influência nas nossas vidas! Mas porquê? Porque é que tem de ser assim? Porque é que não lhes ligamos menos? Eles entram nas nossas casas através da televisão, dos jornais e das revistas e até entram pelo computador como se nada fosse e apoderam-se totalmente de nós.
Estes senhores da comunicação têm tanto efeito sobre nós que ficamos hipnotizados ao vê-los e ouvi-los. Tentamos, por vezes, parar, mas, dificilmente o conseguimos fazer. Porquê?
Muitas pessoas, principalmente as pessoas de idade mais avançada, consideram-nos como professores do dia-a-dia, que as informam sobre tudo e explicam o porquê de tudo. Não o deviam fazer. Estes senhores que dão a cara são apenas órgãos da comunicação social cujo seu objectivo é informar e entreter o espectador. Informam-nos acerca do que se passa no país e no mundo, na maior parte das vezes, só transmitem as coisas más.
Como têm muito apoio, por parte dos espectadores, relativamente ao que fazem, fazem mais e mais para não deixar os espectadores fugirem. Querem agarrar as pessoas fazendo com que fiquem nas suas mãos. Querem que o mundo gire em torno deles. Não querem ser esquecidos nem por instantes.
As pessoas já não vivem sem ver televisão, sem ir ao computador e em parte, a culpa é dos mass media que fazem de tudo para cativarem a nossa atenção.
Hoje em dia, vivemos à custa deles, o que eles transmitem, por vezes, nem é questionado. Ouvimos e pensamos logo que está certo. Formamos a nossa opnião a partir das informações obtidas da mensagem que nos é transmitida.
Tantas perguntas que se fazem e por vezes nao têm uma resposta plausível...
A influencia deles nas nossas vidas não devia ser tão grande mas, é cada vez maior...!
domingo, janeiro 27, 2008
A poesia é utilizada para exprimir sentimentos, ideias e emoções. Recurso que ajuda a dizer os sentimentos e desejos mais profundos.
É o uso da nossa criatividade, das nossas emoções, dos nossos pensamentos... Do que nos vai na alma...
Ao escrever, viaja-se, mesmo sem sair do sitio. "Voa-se" para lugares maravilhos que só existem na nossa imaginação. É o acto de trabalhar as palavras, de fazer as pessoas sonharem ao ler os poemas.
Poesia é amar, sonhar, brincar...
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Florbela Espanca
Depois da sua morte, muitos dos seus sonetos, foram publicados.